Acontece em Brasília-DF, hoje e amanhã, dias 15 e 16 de agosto de 2023, a 7ª Marcha das Margaridas. A mobilização reunirá milhares de mulheres propondo políticas públicas que melhor atendam às demandas das agricultoras e agricultores familiares brasileiros(as). Mulheres de todo o Brasil, trabalhadoras que vivem nas cidades, nas periferias, nos campos, nas florestas e nas águas marcharão com o lema: ‘Margaridas em marcha pela reconstrução do Brasil e pelo Bem Viver‘.“Nos encontraremos para resistir aos retrocessos sociais, exigir o fim do racismo e da violência contra as mulheres, defender os direitos humanos e o meio ambiente” destaca a organização do evento.
Orientações
A coordenação da 7ª Marcha das Margaridas elaborou um guia com orientações importantes para as pessoas que participarão da atividade. Ao longo de 12 páginas, o material fala de objetos importantes a levar, da organização por região e eixo político das alas da marcha, dos alojamentos e alimentação, dentre outros . “Organizamos este material em vários temas para facilitar a conversa. Temas que se relacionam com todo o processo de construção da Marcha, pensando tanto questões que precisam ser consideradas ANTES e DURANTE a realização da Marcha” explicam. Confira na íntegra:
20230814marchamargaridas_guiaParticipação do SINASEFE
O SINASEFE esteve presente na edição mais recente da Marcha das Margaridas, realizada em 2019. Relembre aqui a participação do sindicato nacional. Em 2023 o sindicato nacional também vai participar da atividade, acompanhe a cobertura em nossas redes sociais na quarta-feira (16/08).
Histórico
Realizada a partir do ano 2000, com edições também em 2003, 2007, 2011, 2015 e 2019, a Marcha tem revelado grande capacidade de mobilização e organização de mulheres de todo país. Seu caráter formativo, de denúncia e pressão, e também de proposição, diálogo e negociação política com o Estado, tornou-se amplamente reconhecida como a maior e mais efetiva ação das mulheres no Brasil.
Em cada uma de suas edições, a Marcha das Margaridas realiza um amplo processo de construção de sua plataforma política por meio de reuniões com a Coordenação Ampliada da Marcha – responsável por debater nos movimentos parceiros, nas federações, sindicatos e comunidades rurais os pontos que integram sua plataforma política, assim como também promove ações de formação política com mulheres lideranças rurais.
Realizada sempre em agosto para re-vivificar o mês em que Margarida Alves foi assassinada, a Marcha das Margaridas coloca milhares de mulheres do campo, da floresta e das águas vindas de todo o Brasil em marcha nas avenidas de Brasília-DF.
O nome da marcha presta homenagem à Margarida Maria Alves, ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoana Grande, na Paraíba. Ela foi assassinada em 12 de agosto de 1983, a mando de latifundiários da região. Os responsáveis pela sua morte nunca foram punidos, mesmo com a repercussão internacional do caso, que chegou a ser denunciado à Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Para manter viva a sua memória, sua casa foi transformada em museu. Nas paredes do lugar está cunhada a frase mais famosa de Margarida: “Da luta eu não fujo. É melhor morrer de luta do que morrer de fome”.
*Com informações da página oficial da 7ªMM e da Revista Marie Claire.