A Diretoria do SINASEFE Seção Natal se reuniu na tarde dessa segunda-feira (17/02), com representantes do grupo de médicos e médicos veterinários do IFRN para discutir questões que envolvem o reajuste salarial da classe, que será diferenciada do aumento dos técnico-administrativos (TAEs).
O médico Luiz Neto, do IFRN Campus Natal-Centro Histórico, informou que os médicos pleiteiam a revisão da Medida Provisória nº 1286/2024, que apresenta diferença no reajuste da classe, que será de apenas 4,5%, enquanto os TAEs terão um aumento de 9%, e a questão do step diferenciado.
Deyvison Costa, médico servidor do IFRN Campus Ipanguaçu, falou que a reunião seria para alinhar a pauta com a seção, questionou o que o sindicato está fazendo em relação a essa questão e disse que há um movimento nacional dos médicos e médicos veterinários para buscar apoio aos seus pleitos.
A coordenadora do SINASEFE Natal Fabiana Marcelino explicou que o SINASEFE já encaminhou um ofício para o governo solicitando esclarecimentos sobre esse assunto e sobre outras questões do acordo de greve que ainda não foram cumpridas.
O coordenador do SINASEFE Natal Diego Cirne agradeceu ao grupo por ter procurado o sindicato para tratar do assunto e explicou que conversou com Francilon Lima, do SINASEFE Nacional, o qual informou que o próprio sistema de gestão de pessoas não está prevendo esse aumento diferenciado para médicos e médicos veterinários então o entendimento é que a questão não seja judicializada.
Diego informou que em conversa com Rony da Silva, coordenador de Pessoal Técnico-Administrativo do SINASEFE Nacional, foi explicado que o governo argumenta que em 2012 foi promulgada uma lei que permitia a médicos passarem do T20 para o T40 e que isso retirava a classe do PCCTAE, mas o entendimento do jurídico do SINASEFE é que esse é um argumento falho, é uma brecha que o governo tentou jogar, mas é frágil.
Diego explicou também que “todos os sindicatos envolvidos nessa MP, que são o SINASEFE, o Andes-SN e a Fasubra, já se organizaram e propuseram emendas para essa MP, somando um total de 48 emendas para serem votadas na Câmara. Ele destacou que o Conselho Federal de Medicina também tem pressionando politicamente a Câmara e que já está pronto para judicializar a questão, mas o entendimento geral é que o governo acabe desistindo ou as emendas resolvam a questão, então efetivamente só poderá ser feito algo do ponto de vista jurídico depois que a MP for aprovada e se ela mantiver esse equívoco”.
A coordenadora Fabiana Marcelino disse que “essa e outras questões do pós-greve tem deixado a base muito inquieta e revoltada e decidimos nessa 200ª PLENA muitas iniciativas de cunho político para pressionar o governo, como manifestações ainda em fevereiro e paralisações nos dias 11 e 12 de março para cobrar a aprovação da LOA e o cumprimento dos acordos de greve”.
Fabiana falou que essa organização dos médicos é muito importante para que a classe aproveite esse momento de mobilização em torno dessa pauta e também se sindicalizem ao SINASEFE Natal, fortalecendo assim o sindicato.
Diego finalizou a reunião enfatizando que a expectativa é que inicialmente essa questão seja resolvida de forma política, com pressões na Câmara, e caso isso não aconteça será encaminhada para as vias judiciais. Ele também disponibilizou a Assessoria Jurídica do sindicato para atender o grupo no que for preciso.
Mais novidades sobre essa pauta serão divulgadas em nosso site e nas nossas redes sociais.
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