As Dicas da Polícia Civil de hoje é sobre assédio moral e como se defender dessa prática abusiva, que geralmente envolve humilhações, abuso de autoridade e situações de constrangimento.
Existem alguns procedimentos que podem ajudar o trabalhador a se defender do assédio moral. Apesar de ser muito difícil evitar que esse tipo de prática aconteça dentro do ambiente de trabalho, elencamos algumas dicas para contornar o assédio, que geralmente envolve abuso de autoridade, pedidos incomuns, rebaixamento de cargo e humilhações constantes.
Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), esse problema atinge cerca de 42% dos brasileiros.
Fique atento!
- É essencial expor o problema para alguém de confiança, seja com um membro da família ou advogados. Afinal, uma segunda impressão pode ajudar a pessoa a descobrir se o problema realmente acontece ou se é uma impressão pessoal;
- Importante saber que um ato isolado não pode ser classificado como Assédio Moral, apesar da conduta ser passível de punição.
- Uma vez identificado o assédio moral, é essencial comunicar a justiça ou o setor de Recursos Humanos da empresa, dependendo do caso;
- Documente a sequência de pedidos abusivos ou humilhantes, especialmente se eles ocorrem através de e-mails, memorandos, mensagens de textos ou conversas com testemunhas;
- Trabalhadores que sofrem o abuso costumam exibir sintomas como estresse, baixa produtividade, isolamento e depressão. Por isso, é importante consultar um médico para avaliar os níveis de estresse e a possível depressão relacionada do ambiente de trabalho;
- Para você empresário ou que ocupa cargo de chefia: É necessário estabelecer políticas de conscientização tanto para os gestores quanto para os trabalhadores. Afinal, os riscos invisíveis degradam o ambiente de trabalho, prejudicam a produção da empresa e ainda podem gerar punições judiciais para os agressores;
- Exigência de tarefas que não condizem com a função do trabalhador;
- Prazos de cumprimento de atividades impossíveis de alcançar;
- Ocultar informações essenciais para a realização de um trabalho;
- Ignorar deliberadamente a pessoa (não cumprimentar, não responder, segregar, etc.);
- Fazer críticas ou dar broncas de forma pública, expondo a pessoa;
- Controlar o tempo de ida ao banheiro;
- Criticar o trabalho de forma excessiva ou injusta;
- Desconsiderar recomendações médicas;
- Ameaças de qualquer tipo;
- Ridicularização, piadas, apelidos;
- Exposição da vida privada do funcionário;
Vale acentuar que, independentemente da posição ocupada pelo agressor – se ele tem algum grau de parentesco com os donos da empresa, se ele é o próprio dono, se é seu chefe direto, se ocupa um cargo hierarquicamente semelhante ao seu – o assédio moral nunca é justificado: ninguém pode submeter outra pessoa a esse tipo de violência.
Para evitar esse tipo de problema, os gestores devem oferecer um ambiente de trabalho saudável física e psicologicamente. As atitudes positivas, além de cativar o respeito dos funcionários, também estimulam o cumprimento das tarefas diárias, especialmente com a valorização pessoal e abertura para correção dos problemas.
Assédio Moral é um tema extremamente sério, por isso, tenha cuidado com brincadeiras realizadas no ambiente profissional. Muitas vezes o agressor não percebe o mal que está fazendo por considerar que suas ações façam parte do cotidiano.
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Fonte: Polícia Civil do Estado do Mato Grosso – http://www.pc.ms.gov.br/?p=20709