Plenária Nacional define luta contra a reforma da Previdência como prioridade e inicia trabalhos para Campanha Salarial

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Diretoria e Base do SINASEFE Natal participaram durante os dias 15 e 16 de fevereiro da 157ª Plenária Nacional. O encontro teve como objetivo definir um plano de lutas e articular o sindicato com os movimentos sociais e outras categorias do serviço público contra o desmonte do Estado. O primeiro dia de evento teve início com o credenciamento dos participantes e seguiu com os informes das seções sindicais e da Direção Nacional.

Estavam representando o SINASEFE Natal na 157ª Plena, o diretor de Assuntos Jurídicos da Seção, André Nobre, servidor do Campus Natal Central e a servidora Tânia Costa, também do Campus CNat. Durante os informes o sindicalista, André Nobre informou a plenária sobre o processo eleitoral para nova gestão do sindicato, os trabalhos de finalização das negociações para assinatura do Acordo de Greve, referente ao movimento paredista de 2015, e a nova Jornada de Formação que o sindicato realizará nos próximos dias.

A primeira mesa da Plenária dedicou-se a uma análise de conjuntura e os enfrentamentos que estão por vir nos próximos períodos para os servidores públicos. No primeiro momento, a plenária acompanhou as falas dos expositores Alexandre Conceição do MST, Paulo Pedrini, membro da Pastoral Operária e Natalia Szermeta do MTST/FPSM.

Em seguida foi a vez do estudante do IFRN Campus Cidade Alta, José Junior, coordenador da Fenet, fazer uma fala em defesa da Rede Federal e da Educação Pública. Segundo o jovem, o movimento estudantil será um forte aliado dos movimentos sociais e sindicais contra o sucateamento da educação e dos direitos dos trabalhadores. A mesa ainda recebeu as contribuições do professor da Faculdade de Educação da Unicamp Evaldo Piolli.

De acordo com Evaldo, o novo governo já mostrou nos primeiros dias de gestão que seguirá uma linha voltada para o ultra neoliberalismo em todos os setores e que estimulará a massiva atuação de grandes grupos privados na Educação. Para o estudioso, a política de reformas e enxugamento do Estado não se limitará a destruição da previdência social ou a privatização de estatais, mas incidirá também nos direitos constitucionais mais básicos conquistados pela sociedade brasileira nas últimas décadas.

No segundo dia de atividades, os participantes iniciaram as atividades com a formação dos Grupos de Trabalho e a divisão das discussões.

✔Grupo 1 – Nesta conjuntura de ataques múltiplos, quais prioridades o SINASEFE elege para o enfrentamento na defesa da Rede, dos direitos da categoria e da classe? Como atuar junto à população em geral para engajamento na Campanha em Defesa da Rede Federal de Educação?

✔Grupo 2 – Quais as prioridades da luta do serviço público federal?

✔Grupo 3 – Como encarar o desafio de construção e fortalecimento da unidade para as lutas (frentes, centrais, estudantes, movimentos sociais)?

✔Grupo 4 – Como enfrentar a Reforma da Previdência?

Após o enceramento dos Grupos de Trabalho, a Plenária recebeu os professores da rede estadual de ensino de Brasília, Thiago Rodrigues, João Felipe de Souza e Roberto Shiavini. Os educadores relataram suas experiências a respeito de um projeto implantado pelo Governador, Ibaneis Rocha, que pretende militarizar até o final de seu mandato 200 escolas estaduais do Distrito Federal. Atualmente, já foram militarizadas 04 escolas e o número deve chegar a 36 até o final do ano de 2019, segundo os professores, o processo de militarização das escolas ocorreu sem discussão com a comunidade escolar, de maneira autoritária e antidemocrática, desconsiderando o direito a autonomia inerente as instituições de ensino.

Segundo Roberto Shiavini, a nova gestão das escolas, com a presença de um “diretor disciplinar”, destrói os planejamentos político-pedagógicos construídos coletivamente nas escolas. “A militarização das escolas em Brasília é um balão de ensaio para implantação do programa em outros estados e pode chegar a Rede Federal”, comentou o educador.

Com o final da fala dos professores, a Plenária iniciou a discussão dos destaques, que são as alterações sugeridas por todos os participantes para as propostas encaminhadas nos Grupos de Trabalho. Entre os encaminhamentos aprovados estão, a realização de uma campanha de recomposição salarial, a luta contra a reforma da Previdência e o ingresso do sindicato no Comitê Lula Livre.

Em seguida, numa mesa composta somente por mulheres, a 157ª Plena debateu a participação da categoria e a organização do 8M – mobilização de caráter mundial que acontece no 8 de março, Dia Internacional das Mulheres. As participantes ressaltaram que as manifestações realizadas no dia 8 de Março tem ganhado força, resgataram pautas do movimento feminista  e vem mobilizando mulheres e homens nos últimos anos contra a violência e a desigualdade de gênero.

Para a coordenadora de políticas educacionais e culturais do SINASEFE, Elenira Vilela, a luta das mulheres têm tido papel importante para pautas coletivas, como a campanha contra a reforma da Previdência, proposta durante o governo Temer, e para as causas LGBTs, sendo as mulheres as maiores impulsionadoras desses debates.

A mesa deliberou pela participação e paralisação das trabalhadoras durante o 8 de Março e que esse ano, os atos denunciem também o assassinato da vereadora Marielle Franco, ocorrido em março de 2018 e sem respostas até agora.

Finalizado esse ponto, a 157ª Plena deliberou sobre o próximo Congresso do SINASEFE. A plenária escolheu a cidade de Goiânia como sede do evento e “É preciso lutar, é possível resistir” como tema. O fórum terá de caráter estatutário e ocorrerá de 30 de maio a 2 de junho de 2019.

A 157ª Plenária Nacional contou com a participação de 48 seções sindicais, sendo 81 delegados e 83 observadores.  Para participar das Plenárias Nacionais, os sindicalizados interessados devem acompanhar as Assembleias Gerais da Categoria e se candidatarem como delegados ou observadores.

Reunião ampliada do Fórum dos Servidores discute calendário de lutas e campanha salarial

Realizada no último domingo (17/02), em Brasília, a reunião ampliada do funcionalismo público federal teve como pauta central, organizar a luta contra a reforma da Previdência Social.  Na primeira mesa participaram os representantes do Departamento Intersindical de Estudos Econômicos e Sociais – Dieese, do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar- DIAP e da Auditoria Cidadã da Dívida – ACD.

No encontro foi apresentado um estudo que apontava os caminhos seguidos pelo governo federal para promover um desmonte deliberado do estado, de suas instituições e de seu papel social. Em seguida, uma mesa composta por representantes das entidades sindicais nacionais, realizaram uma análise de conjuntura e apresentaram suas pautas para as próximas mobilizações em defesa dos direitos dos servidores e da classe trabalhadora.

A plenária definiu a mobilização contra a reforma da Previdência como prioridade do momento, sem deixar de lado as demais demandas relacionadas às lutas contra as opressões, pelo emprego, melhores condições salariais e de trabalho. Para Elenira Vilela, a Previdência Social deve ser prioridade da luta dos trabalhadores no próximo período. “Tirem as mãos da aposentadoria: nenhuma negociação, nenhuma concessão. Rumo à Greve Geral”, comentou Elenira.

 

 

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